Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil - Patrimônio Cultural da Humanidade - Unesco  
  • "Antônio Francisco Lisboa, eternizado como Aleijadinho, gênio pardo e acometido de terrível doença deformadora. Foi o feio que produziu o belo, o monstro que produziu anjos..."
  • "Uma fabulosa e linda cidade setecentista encravada num vale profundo das montanhas mineiras. Anacrônica, espantosa, fascinante..."
  • "Apure os ouvidos ao andar pelas ruas de Ouro Preto. Sem muito esforço e alguma imaginação é possível ouvir os sussurros conspiratórios, os ideais subversivos, as intrigas palacianas..."
  • "O maior conjunto barroco do mundo. Uma cidade setecentista em pleno séc. XXI. Anacronismos à parte, a antiga Vila Rica foi palco da vaidade, da soberba, da competição e da genialidade humana."
  • "Testemunhe a rica cultura de Ouro Preto: o carnaval, as procissões, os festivais..."
  • "Nos museus de Ouro Preto é possível encontrar a beleza e a história recônditas, escondidas por detrás da rica arquitetura barroca."
  • "Encontrava-se ouro como em nenhum outro lugar, fazendo as lendas do Rei Salomão parecerem ingênuos contos infantis."
  • "No vaivém dos telhados, na espremida confusão do casario geminado. Os palácios, as pontes e os chafarizes... Ouro Preto é fascinante!!!"
  • "Caminhar por Ouro Preto é como voltar a tempos dourados. É ter a sensação de que, na próxima esquina, irá encontrar algum personagem da história."
Site Oficial
de Turismo
Apresentação     História     Belezas Naturais     Inconfidência Mineira
Arquitetura     Lavras Novas e Cachoeira do Campo     Distritos
Procurar    Contato

Promoção:





Atrações em Ouro Preto:

Igreja Bom Jesus de Matosinhos ou São Miguel e Almas
Igreja
Sua construção se deu por volta de 1778. Na porta principal - coroamento - a imagem de São Miguel Arcanjo é supostamente d...
Ler Matéria

Alguns de nossos Parceiros:
Hotel Pousada do Arcanjo
Hospedagem
Mais informações
Hermes Guia
Empresas de receptivo turístico
Mais informações
 


Você está em - Arquitetura



Voltar

Esplendor


Texto e Foto: Marcelo JB Resende. Colaboradora: Kelly Juliane Dutra (Turismo - UFOP). Reprodução proibida.

O maior conjunto barroco do mundo. Uma cidade setecentista em pleno séc. XXI. Anacronismos à parte, a antiga Vila Rica foi palco da vaidade, da soberba, da competição e da genialidade humana. Sentimentos muito atuais hoje, mas que naquela época eram traduzidos com estilo, com orgulho. A arte era resultado de anos, da paciência e da entrega absoluta.



De nada adianta todo o ouro do mundo se não é possível ostentá-lo. Não foi diferente na Vila Rica. A fé foi uma das válvulas de escape para o poder acumulado por setores da emergente sociedade mineira do séc. XVIII. Poderosas e seculares ordens religiosas retratavam a segmentação da população. A ordem dos poderosos, dos negros, dos pardos... Cada qual tinha por finalidade construir a mais bela igreja, demonstrar sua força e influência. Deu-se início a um tipo de competição não declarada, cujo combustível era o metal amarelo, que se esparramou por altares, imagens e demais instrumentos litúrgicos. Minas vivia uma espécie de Renascimento, onde figuravam mecenas, desabrochavam as artes e nasciam gênios.


 
Clique para ampliar - cópia proibidaIgreja São Francisco de Assis, considerado por muitos obra-prima de Aleijadinho.

Clique para ampliar - cópia proibidaMuseu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara.

No vaivém dos telhados, na espremida confusão do casario geminado. Os palácios, as pontes e os chafarizes... O barroco europeu aqui chegou e se adaptou. A geografia conferiu singularidade ao barroco mineiro. A montanha transforma o espírito, ensimesma a criatividade. Olhando tudo o que foi construído dá para imaginar o barulho incessante das ferramentas, igrejas se elevando ao céu, quilômetros de túneis ocultando conchavos; é isso que fascina em Ouro Preto.

 

São muitas e deliciosas histórias. Mestres como Ataíde, Xavier de Brito, Servas e outros tantos circulando pelas ruas, quando não estavam enfurnados em templos, na labuta da arte. O mais conhecido foi Antônio Francisco Lisboa, eternizado como Aleijadinho, gênio pardo e acometido de terrível doença deformadora. Aleijadinho sintetiza a falência do conceito bem e mal. Foi o feio que produziu o belo, o monstro que produziu anjos... Ouro Preto é assim: fé interessada, inconfidentes heróis. Quem visita a cidade deve perceber que ela brinca com referenciais infantis, abusa e funde contrários.

 

Na efervescência cultural do séc. XVIII também têm espaço os poetas, a música e sempre ela, a política. O amor proibido entre Tomás Antônio Gonzaga e sua eterna Marília. Ele, nobre e inconfidente; ela, outrora próxima e agora proibida. Ambos apaixonados. É atribuída a ele a publicação anônima "Cartas Chilenas", onde ocultamente denunciava os desmandos do ex-governador Cunha Menezes, chamado "Fanfarrão Minésio". O mitológico Chico Rei, monarca na áfrica, escravo em Minas. Trabalhou nas minas, comprou sua liberdade e a de seus súditos. Mandou construir seu templo e morreu respeitado.


Clique para ampliar - cópia proibidaCasario de Ouro Preto. Pico do Itacolomi ao fundo.
 

Na Vila Rica o único valor era o ouro, não importava a que pertencesse. Em Ouro Preto as paredes falam, cantam seus versos, sufocam a dor. Revelam mais que sua aparente arquitetura.


Clique para ampliar - cópia proibida Praça Tiradentes, bem no Centro Histórico.
 
Clique para ampliar - cópia proibida Matriz N. Sra. do Pilar.

Clique para ampliar - cópia proibida Ponte dos Contos.
 
Clique para ampliar - cópia proibida Rua São José enfeitada para a Semana Santa.
 


















Apoio Institucional:


















© 2015 - Idas Brasil - Todos os Direitos Reservados